segunda-feira, novembro 23, 2009

Uma espécie de reencontro.

O reencontro de velhos amigos, cujos caminhos se separaram algures na vida, é uma espécie de buraco negro da imprevisibilidade.

A separação nem sempre é dolorosa ou litigiosa. Às vezes, a separação é só um acidente provocado pelas disposições e pelas personalidades.

No sábado, reencontrei-me com os Massive Attack, meus amigos há cerca de 18 anos. O nosso último encontro em carne e osso reportava a 2004. Não guardo grandes memórias. Havia muita gente nesse dia. Demasiada gente. Demasiadas damas de companhia e demasiados paus de cabeleira. Não correu bem. Parece que ficámos constrangidos pela dimensão da coisa.

Recordava, com saudade, o nosso primeiro encontro cara-na-cara. Em 1998. Que noite inolvidável. Que serão prazenteiro.

No sábado, dois velhos amigos "fizeram as pazes". O reencontro foi emotivo. Disseram-se coisas difíceis. A tensão foi evidente. A sensação de sufoco, de falta de ar, de desconforto esteve sempre presente. Até que "Unfinished Sympathy" selou a velha amizade com um copo de emoção.
Que noite extraordinária!

Eu levei a minha mulher e o meu enteado. Eles trouxeram a Martina Topley-Bird (também ela uma velha conhecida). E só pela Martina já quase tudo tinha valido a pena.

Fiquei feliz e ansioso pelo próximo encontro, nos meus headphones...
A nova conversa dos Massive Attack parece, também ela, um reencontro.
Dos Massive Attack com os Massive Attack.

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