Tu sabes.
Sabes que listas de discos ao fim do ano são, para mim, como as listas do supermercado: apontam tudo aquilo que não temos, ouvimos tarde ou gostavamos de ter conhecido.
Disco que seja memorável, para mim, é aquele que não rolou pelo meu corpo uma só vez. Música é demasiado efémera e massiva para se tornar memorável.
Se estivesse sempre a lembrar-me que «aquela é que foi» não me dava tempo para ouvir esta, dançar esta, gostar desta, gozar esta. Eu sou assim.
Há quem diga que não é só com a música.
Talvez.
Mas qual é a coisa que nos move em perder dez minutos,
quinze,
duas horas, a pensar quais os discos, temas, capas de albúns que mais gostei nestes dez anos, se os posso aproveitar com a banda nova, a música fresca, a massagem virgem aos meus tímpanos?
Qual a verdade em escolher cinco, dez, cinquenta discos para a década que nunca mais iremos viver e que apenas rescícuos mantemos em activo? Eu lembro-me do primeiro disco dos The Cranberries e de como o adorei naquele momento, e isso não faz dele memóravel.
Dez anos? Seja, haja lista, mas a minha.
Nestes últimos dez anos sempre que leio, vejo ou ouço certas personagens envolvidas nas músicas, seja a compor, a destruir ou só a alinhá-las, eu derreto-me em sorrisos:
1 Erlend Oye
2 Jay Jay Johanson
3 The Raveonettes
4 Felix da Housecat
5 DJ Amable
A ordem vale o que vale. Com excepção da primeira posição. E colocar mais era pôr-me em bicos de pés.
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